11.8.06

Depois do Inferno, dois quilômetros de jipe...

Pois bem... ontem fui buscar o Juninho no Aeroporto. Acontece que eu descobri, por causa dele, que há mais aeroportos na Inglaterra do que já imaginávamos: descobri(mos) que existe um [de onde ele veio] que se chama Luton. E onde fica Luton? Sim, o aeroporto de Luton fica, depois do inferno, dois quilômetros de jipe.... e eu tive que ir lá! Mas tudo por causa dele....
Por falar no Juninho, que agora não é mais Juninho, e que não é Marcello ainda, veio com um brinde... ele trouxe junto uma ameaça de atentado terrorista! Como já não bastava ter acordado 6h00 da manhã, pego não sei quantos trens, não sei quantos metrôs e percorrido não sei quantos quilômetros - e conseguido chegar ao aeroporto antes das 10h00 da manhã, descubro que o vôo, que deveria ter chegado as 10h55, tinha sido adiado para 14h30...
Tive, como se pode perceber, muito tempo para observar pessoas, pensar sobre a vida e ler. No entanto, com a chegada da polícia, da imprensa, e do amontoado de pessoas que tinham seus check-ins cancelados, ficava difícil manter a concentração em qualquer coisa. A tensão era grande também, mas a ameaça fantasma de um mal que não tem rosto - apenas preconceito - é difícil de ser combatida com algo que não seja simplesmente a fantasia de que não tem nada diferente acontecendo. Cheguei a divagar sobre como eu me sentia no meio do meu primeiro atentado terrorista e me senti como uma criança empolgada com o potencial de um domingo no clube: meus amigos telefonavam e as pessoas se preocupavam e a imprensa entrevistava, mas eu me sentia frio como na véspera ou na antevéspera da viagem para a Europa: completamente insosso. E ainda mais interessante é o fato de que eu sempre fui assim, e só percebo isso quando penso que minha existência corre perigo. E apenas nessas horas.
Mas o atentado não aconteceu, e o Juninho foi recepcionado com a plaquinha de "it's me, dear" e a fotos na entrada do aeroporto, onde o nosso querido primo [cujo nome eu não tenho idéia de qual seja] sentiu como é louco de pedra o clima britânico.

Note na foto ele lutando contra a sua blusa de frio...

e hoje estamos em Reading. Tivemos um dia muito divertido que, ao meu ver, teve como um dos pontos altos as nossas compras na HMV, teste de fragrâncias de centenas de milhares de perfumes e almoço no parque, ao som de June Afternoon, do Roxette - ao menos em pensamento, em ver um DVD da Kylie... ai, Deus Pai!
Olha o clipe de June Afternoon!
Diga-se de passagem que a música é de-fi-ni-ti-va-men-te a cara do verão Europeu, viu?


Nosso primo ja descobriu os benefícios da vida na Inglaterra quando encontrou disponível um DVD da Kylie que não fora lançado no Brasil e que estava a venda a preço de babana... Em homenagem a ele, um trecho do bendito show! A música é um inferno: gruda na cabeça essa lazarenta, que é uma coisa!



E umas fotos do almoço de hoje...

Repare a coça que eu levei do salmão...

Mas no fim tudo deu certo: eu consegui comer!

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