11.11.11

Texto por Mário Quintana

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você..., definitivamente não é o "alguém" da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

10.11.11

Jackyl-and-Hydeness

Eu caí na armadilha que a minha fantasia criou: uma idée fixe onde o latino asfixiante tirava a liberdade do pobre idealista. Mal sabia eu que o idealista gritava por socorro...
Quantas vezes eu vou ter que entender que eu não aprendo e que eu me encontro na mesma situação de psicólogo de beira de estrada promovido a elefante branco no fim das contas? Não antes de ser taxado de condescendente, claro! E por que a culpa? Ah, a dolce culpa, máxima culpa! O envolvimento emocional e o quase pavor de pivotar uma separação...
Eu que falho em ver a complexidade dos problemas do mundo ou o mundo que se recusa a simplificar as coisas? Por que quando uma parte está certa a outra automaticamente é considerada a errada? Rótulos outra vez? Ou eu que insisto em enfiar a mão em colmeia? Perguntas... Perguntas.... Eu as respondo todas e depois me esqueço das respostas ou a fórmula se demonstra cíclica em dado ponto! E por que eu atraio os problemáticos? E por que as pessoas se abrem e mostram as suas fraquezas pra mim?
Eu não me escancaro e vomito os meus problemas na frente dos outros! Eu não, eu me digno a responder que estou bem quando me perguntam como estou.... Quando perguntam! E que bom que não perguntam!




4.11.11

Oito Sombras

Eu pensava que a minha vida culminava com aquele momento, mas não. Eu não sei mais se agradeço por cada experiência: cada uma das oito sombras que me acompanham e me chamam de volta cada vez que eu ultrapasso o limite.
Mas não é sempre que eu ouço as vozes e muito menos sei se gosto do que vejo - em qualquer direção. Eu me arrependo até do que eu não fiz e penso no que podia ter sido...
Ninguém pecou demais pra merecer viver mais de uma vez - eu espero. Mas então devo eu querer viver cada segundo da chance que que a mim se apresenta?
Ah, sombras... Obrigado pela oportunidade e livrem-me da inebriante felicidade. Deixem-me contentar com a meu céu noturno que sussurra possibilidades no meu ouvido e que faz sentido da minha insanidade. Querer é não querer ver?
Sombras, permitam-me terminar e me sentir satisfeito; senão ao menos grato pelo gosto do perfeito...