Parte II – Meio longe de casa....
Engraçado que na medida em que ia para mais distante, a temperatura do ar do lado de fora ia ficando cada vez maior... mas a chegada a Madri foi um absurdo! Eita lugar quente, meu Deus! [Gente, é verão, o que eu queria?] Mas o vôo IB6820 ainda tinha outras surpresas!
- A primeira delas uma aeromoça, aliás, uma aerosenhora [e dá-lhe neologismos!] com um corte de cabelo fantástico que eu tenho certeza de que minha mãe adoraria. Até então todos os vôos tinham um terminal de vídeo que monitorava a temperatura exterior, a altitude, e entre outras coisas, fazia uma simulção gráfica do local por onde se sobrevoava.
- Assim que deixamos o Brasil, passando pelo Rio Grande do Norte, de encontro com o Oceano Atlântico, passamos por uma turbulência muito grande. A mais intensa que eu ja presenciara, e parece que a maior e mais intensa que a maioria presenciara... as pessoas em fila para usar o banheiro [aconteceu logo após o jantar] cairam no chão, outras ainda ocnseguiram se segurar nas cadeiras vizinhas. A luz falhou, algumas pessoas chegaram a ensaiar um grito. Fiquei com medo sim, claro, mas nem tanto quanto uma senhora, em especial, perto de mim, que tremeu por muito tempo depois. Nao sei ao certo o porquê de acontecerem as turbulências, mas o fato de ter acontecido justo quando começou o sobrevôo do Atlântico deve ter algo a ver com choques de temperatura – isso deve ser melhor explicado por um meteorologista ou por um físico!
e em Inglês. Lembrei da Dona Franchica [Ela foi para Tolousse] quando consegui compreender a mensagem e descobri o portao de embarque ate o voo da British Airlines 2465, que pra comecar, atrasou uma hora porque teve problemas na hora de fechar a porta, mas tudo bem.
Chegando ao Reino Unido acontecia uma tempestade que nos forcou a ficar outros cinqüenta e tantos minutos no ar, esperando-a dissipar. Chegando ao aeroporto de Gatwick, vi corvos na grama e pensei: "ai... ainda falta falar com a imigracao"! Mas ainda não tínhamos entrado no aeroporto... ficamos outros vinte minutos parados porque a plataforma de desembarque havia sido retirada devido a demora... dá para acreditar? Eu marcara com amigos a chegada para as duas e meia da tarde – aliás, não eu, mas a companhia aérea, que não desprezava nem um minuto, marcando horários tais como duas horas e trinta e três minutos ou meio-dia e vinte e nove minutos, mas já eram mais de três e meia da tarde! Meus ouvidos estavam estourando por causa da pressão acumulada durante tantas horas e eu não ouvia praticamente nada. Não ouvi nem quando as aeromoças distribuiram um formulário destinado aos não naturais da comunidade européia.
Mas enfim, saímos do avião, e depois de dezenas de curvas, chego a imigracão – um momento decisivo [eu cresci em Valadares, lembra,-se?], todos vão concordar.
...continua.
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