30.7.06

Parte II – Meio longe de casa....

CONVERTENDO-ME NA MINHA PRÓPRIA FICÇÃO
Relatos dos dias 26 e 27 de julho de 2006.

Parte II – Meio longe de casa....

Engraçado que na medida em que ia para mais distante, a temperatura do ar do lado de fora ia ficando cada vez maior... mas a chegada a Madri foi um absurdo! Eita lugar quente, meu Deus! [Gente, é verão, o que eu queria?] Mas o vôo IB6820 ainda tinha outras surpresas!
  1. A primeira delas uma aeromoça, aliás, uma aerosenhora [e dá-lhe neologismos!] com um corte de cabelo fantástico que eu tenho certeza de que minha mãe adoraria. Até então todos os vôos tinham um terminal de vídeo que monitorava a temperatura exterior, a altitude, e entre outras coisas, fazia uma simulção gráfica do local por onde se sobrevoava.
  2. Assim que deixamos o Brasil, passando pelo Rio Grande do Norte, de encontro com o Oceano Atlântico, passamos por uma turbulência muito grande. A mais intensa que eu ja presenciara, e parece que a maior e mais intensa que a maioria presenciara... as pessoas em fila para usar o banheiro [aconteceu logo após o jantar] cairam no chão, outras ainda ocnseguiram se segurar nas cadeiras vizinhas. A luz falhou, algumas pessoas chegaram a ensaiar um grito. Fiquei com medo sim, claro, mas nem tanto quanto uma senhora, em especial, perto de mim, que tremeu por muito tempo depois. Nao sei ao certo o porquê de acontecerem as turbulências, mas o fato de ter acontecido justo quando começou o sobrevôo do Atlântico deve ter algo a ver com choques de temperatura – isso deve ser melhor explicado por um meteorologista ou por um físico!


Mas, enfim, cheguei ao aeroporto de Madri! Lindo, lindo! Moderno, mas bem desorganizado! Levei bastante tempo pra localizar minha plataforma de embarque, pois, não estava sendo mostrada nos terminais, mas apenas anunciada pelo sistema de som – em Espanhol

e em Inglês. Lembrei da Dona Franchica [Ela foi para Tolousse] quando consegui compreender a mensagem e descobri o portao de embarque ate o voo da British Airlines 2465, que pra comecar, atrasou uma hora porque teve problemas na hora de fechar a porta, mas tudo bem.

Chegando ao Reino Unido acontecia uma tempestade que nos forcou a ficar outros cinqüenta e tantos minutos no ar, esperando-a dissipar. Chegando ao aeroporto de Gatwick, vi corvos na grama e pensei: "ai... ainda falta falar com a imigracao"! Mas ainda não tínhamos entrado no aeroporto... ficamos outros vinte minutos parados porque a plataforma de desembarque havia sido retirada devido a demora... dá para acreditar? Eu marcara com amigos a chegada para as duas e meia da tarde – aliás, não eu, mas a companhia aérea, que não desprezava nem um minuto, marcando horários tais como duas horas e trinta e três minutos ou meio-dia e vinte e nove minutos, mas já eram mais de três e meia da tarde! Meus ouvidos estavam estourando por causa da pressão acumulada durante tantas horas e eu não ouvia praticamente nada. Não ouvi nem quando as aeromoças distribuiram um formulário destinado aos não naturais da comunidade européia.

Mas enfim, saímos do avião, e depois de dezenas de curvas, chego a imigracão – um momento decisivo [eu cresci em Valadares, lembra,-se?], todos vão concordar.

...continua.

Nenhum comentário: