24.9.08

Colcha de Retalhos



“O problema da liberdade e do conhecimento é que depois que você os experiencia, algo muda e ‘aquilo’ passa a fazer parte de você... e como a vida seria se não fosse mais possível atingir ao mesmo nível de liberdade e utilizar tal conhecimento? Namoro? Stick Tofee Pudding? Qual a diferença?”

“Epifanias são orgasmos? Seria possível comparar as suas epifanias com as epifanias dos outros – ou mesmo comparar as suas próprias?”

“Tem algo mágico em ser livre. É complicado porque sempre se quer mais. É como ser feliz – note que liberdade e felicidade são conceitos antagonicamente independentes! É como estar no SoHo sozinho tomando um Cosmopolitan e olhando para as pessoas. Meu corpo é puro sensações! Estou aberto as experiências! Hoje eu sou o que quer que eu seja!”
“Eu estou num daqueles momentos em que tudo é ruim, tudo é feio, tudo é chato. Devo estar em contato com o meu mais primário ‘eu’. É hora de arrumar o quarto: tudo é insosso.
Não chega a ser vazio, mas tem um quê de entediante. Não tenho interesse por nada, não tenho paciência com nada. E não quero aceitar que a resposta seja tão simples como: medo. ...e não é! Agora que eu pronunciei, a pseudo-resposta me soou tão simples. E seria, de certa forma, bom que fosse – pra variar. Ao menos eu saberia o que me incomoda – apesar de não resolver o problema...”

“Quando as pessoas nos vêem, elas enxergam quem somos ou o nosso potencial? Elas enxergam o que eu não sei ainda? Ou elas somente vêem o que elas são capazes de enxergar em si próprias?”

“O que é ápice? O que vem depois dele? A felicidade é ‘um’ ápice, ou ‘o’ ápice? Como se reproduz um ápice?”

“De vez em quando eu me sinto meio máquina: eu ligo e desligo. Eu ligo e desligo as minhas emoções.”

“Sempre que eu chego ao fundo eu me olho no espelho e a resposta aparente para os meus problemas acaba se resumindo na aparência, e eu imagino que o mundo seria melhor se eu fosse atraente. Bulimia? Anorexia? Racionalização? Aonde reside o problema, no fim das contas?
Numa análise (ou seria outra racionalização?) eu entendo que o reflexo acaba sendo o real problema – e não a aparência em si. Seria muito presunçoso pensar que, talvez, realmente, que o inferno são os outros? Mas se Sartre estivesse correto, aonde o meu ego se infiltra no contexto? – eu sempre achei que eu estivesse do meu lado! Alias, a partir de quando (ou do quê) o ego e a auto-estima se desconectam?”

“Eu vivo do meu personagem! Eu o moldo de acordo com minhas necessidades – de tal forma que ele não é nem mais uma terceira pessoa: ele sou eu! É como eu me faço atraente...”

“Eu tento me distrair do quê? EU evito a inércia para que alguém não veja alguma coisa.... mas de quem eu fujo?”

“O dia está muito calmo hoje... A verdade espera pelo silencio absoluto para emergir e não ser confundida com nada mais. Nessas horas é que eu acredito no Deus – quando a verdade tem cara de epifania...”

“Status e tudo mais o que pode ser definido com palavras é insatisfação! Nota: engolir o orgulho e ser feliz! (tente definir felicidade....) Eu só confio no que não pode ser definido!”

“Como acreditar nas verdades? Como a psicanálise trata os problemas quando se encontram as causas e/ou os mecanismos? Posso dizer que, no entanto, se o problema persiste, a causa ou não foi realmente encontrada ou outro problema tomou o lugar?
Enfim, a pedra filosofal do momento é: como conciliar o existencialismo com o espiritismo?!”

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