30.6.11

Sem Revisão

Quando eu leio eu me lembro o porquê da minha existência e o meu propósito na vida. Eu me lembro de vidas passadas - fictícias e imaginárias, porém muito reais porque as criei.
No momento eu sei que eu falhei e a cada dia que passa eu me distancio mais e mais da felicidade e me inebrio nos vícios piscianos. Eu também me distancio dos meus objetos de desejo porque eles me lembram do meu fracasso, e porque ler se tornou um ato de masoquismo.
Sim, eu me aceitei triste e solitário como todo adulto que se entrega à vida, e de uma forma assustadora, olhou fundo no penhasco sem medo - quase que desafiando e esperando que o penhasco olhasse de volta.
Neste momento eu escrevo em estrutura, repito o obvio: estou na praia cercado de vidas, esperando o tempo passar. Eu não tento me analisar: eu sou apenas um homem na praia, cercado de vidas, esperando o tempo passar. E aceito que a ignorância é felicidade. Por enquanto eu me escondo atrás não apenas dos óculos escuros e das lentes de contato: eu me escondo atrás do personagem que eu criei e hoje em dia acredito que ele seja o eu. E ele está orgulhoso da minha performance, e assim vai estar até que alguém...

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