Sim, eu escrevi. E como em todo momento da minha vida, eu espero pelo melhor – mas quase nunca acontece o melhor. Eu me lembro de como eu sempre contei com a sorte e, quase sempre, na faculdade, por exemplo, eu não estudava para as provas e morria de medo do resultado, mas esperava pelo melhor... sempre. Era a minha maneira de desafiar ao Deus e provar que Ele não aceita contratempos. Então, como parte da minha tênue teoria que só queria mostrar que era Ele quem mandava, acontecia o contrário do que eu esperava. Acontece que eu sempre jogava dos dois lados – ciente que eu era da teoria, e previa o que poderia dar errado – ou o contrário do que eu esperava. Então eu ficava num dilema teodicênico, porque eu sempre perdia, sem saber se porque, prevendo ambas as possibilidades – sim e não, Ele me deixava com o talvez na cabeça. Eu fico confuso ate hoje porque o talvez está entre o sim e o não: e este sou eu! Então eu penso que eu não sou tão positivo assim, como eu acho, porque eu sempre perco quando espero que as coisas aconteçam porque: tanto faz o que eu preveja – mesmo que eu fosse ao todo dos dois extremos, acontecia o pior (quando eu espero pelo melhor)... só que o oposto também acontece, meu Deus!
É uma relação complicada porque eu me precavejo de hipóteses e possibilidades, mas sempre esperando pelo contrário – mas o que é o contrário do contrário? Posso dizer que tudo se resume à primeira impressão ou é complexo mesmo – e só funciona se eu der todas essas voltas?
...e, pois é. Ele não respondeu.