Era uma manhã deliciosa. Dava-me ao trabalho de decidir se ela era apoteótica ou simplesmente delicisosa enquanto estalava exageradamente cada uma das sílabas dessas palavras com a língua, no tempo em que as dividia, mentalmente. O corpo doía a dor relaxada e depois contida dos ossos estalando, e depois dos músculos esticando, quando eu tocava o sol com a ponta dos dedos, meio bêbado, ainda, como quem diz: agora chega, já bebi demais.
Olhava para a mochila que continha o mais supremo dos prazeres, a maior das realizações, o meu objetivo transitório: minha identidade italiana. Eu me sentia um personagem de “A Felicidade Clandestina”, mas o meu êxtase não se contentaria em achar isso da felicidade; aliás, hoje é dia de conciliar tudo e todos... ouso convidar gregos e troianos, palestinos e judeus, apóstatas e fanáticos – todos esses para comemorarem comig, egoísta que hoje sou, a minha vitória: yes, cheers, thanx a lot!
Olhava para a mochila que continha o mais supremo dos prazeres, a maior das realizações, o meu objetivo transitório: minha identidade italiana. Eu me sentia um personagem de “A Felicidade Clandestina”, mas o meu êxtase não se contentaria em achar isso da felicidade; aliás, hoje é dia de conciliar tudo e todos... ouso convidar gregos e troianos, palestinos e judeus, apóstatas e fanáticos – todos esses para comemorarem comig, egoísta que hoje sou, a minha vitória: yes, cheers, thanx a lot!
Leonardo de Oliveira Cardoso é 7 – o filósofo, enquanto Leonardo Cardoso é 6 – a harmonia! Se eu fumasse cigarros, agora eu fumaria um maço... mas como não fumo, entrego-me aos prazeres dos industrializados e dos farmacêuticos – sem culpa nenhuma, como uma galinha poedeira! Acordei às 10h30 com sentimento de dever cumprido, quase que como uma canção de vitória, uma aleluia, um sorriso maroto e sem vergolha de falar alto com mau-halito e caminhar descalço pela casa, cheio de remela nos olhos... ah, a sensação de acordar e sentir uma leve ardência nos olhos enquanto os abria – pregados que estavam: os cílios e os olhos inteligados pela camada espessa e amarelo-esverdeada da remela seca. Um sorriso sem-vergonha estampado no rosto e o orgulho de dizer, como primeira frase do dia: the bitch is back!
Hoje eu sou tudo.... sou κενμαπδν, sou כהנמאפדנ, sou كهنمافدن, ԻԵԾԽԱՁԴԾ, КЄНМАПДН ou talvez Leonardo Cardoso - italo-brasileiro! Hoje eu não estou: eu sou. E não preciso de nenhuma corrente pra matar gente porque dentro de mim estamos todos acordados: somos so me, myself and I.
Nenhum comentário:
Postar um comentário