Estava eu conversando sobre a minha experiência no exterior, meio que como um avô contando histórias fantásticas aos netos, quando o Léo (Heggendorn) disse: “Londres é tudo!”, e eu respondi: “sim, eu sei... eu estive lá!”. E enquanto dizia essa frase eu percebia que não se pode ver a experiência no rosto das pessoas. O próprio Léo não parecia marcado pelas dele, por trás do sorriso espontâneo do agora. Dizem que quem vê cara não vê coração, mas não é verdade... as pessoas tocam ou não tocam a gente sim, mas a experiência é impossível de se ver: não se sabe se a pessoa unta a fôrma antes de levar o bolo ao forno, ou se gosta de sorvete derretido, ou se come as bordas da pizza antes da “própria” pizza. Eu mesmo aparento nunca ter saído de Governador Valadares... e como o Marcelo disse, tudo ficou meio que sublimado – o fato de eu nunca ter me despedido formalmente ou de não ter havido choradeira, fez parecer com que eu nunca tivesse deixado a casa dos meus pais. Era como se nada, absolutamente nada tivesse acontecido, e que o “ontem” se resumisse ao último encontro.
22.12.06
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