30.6.11

Sem Revisão

Quando eu leio eu me lembro o porquê da minha existência e o meu propósito na vida. Eu me lembro de vidas passadas - fictícias e imaginárias, porém muito reais porque as criei.
No momento eu sei que eu falhei e a cada dia que passa eu me distancio mais e mais da felicidade e me inebrio nos vícios piscianos. Eu também me distancio dos meus objetos de desejo porque eles me lembram do meu fracasso, e porque ler se tornou um ato de masoquismo.
Sim, eu me aceitei triste e solitário como todo adulto que se entrega à vida, e de uma forma assustadora, olhou fundo no penhasco sem medo - quase que desafiando e esperando que o penhasco olhasse de volta.
Neste momento eu escrevo em estrutura, repito o obvio: estou na praia cercado de vidas, esperando o tempo passar. Eu não tento me analisar: eu sou apenas um homem na praia, cercado de vidas, esperando o tempo passar. E aceito que a ignorância é felicidade. Por enquanto eu me escondo atrás não apenas dos óculos escuros e das lentes de contato: eu me escondo atrás do personagem que eu criei e hoje em dia acredito que ele seja o eu. E ele está orgulhoso da minha performance, e assim vai estar até que alguém...

22.6.11

English

Had a dream where I was in a countryside school bus listening to a teacher correcting her students in poor Portuguese...

16.6.11

... (3)

Quandong eu olho pro nada, eu penso em tudo.

...

Velhas ameaças se tornam alibis quando novas ameaças tomam o seu lugar...

Por quê?

Por que quanto mais me amam, mais eu procuro por motivos para ser odiado?

15.6.11

Block é o novo "Fora"



Em tempos de Twitter, Facebook, Gaydar, Grindr e afins, bloqueio é sinal de que a inocência foi perdida e que a infatuação tem que passar.
Também é sinal de que a vida continua e que eu não mudo: o que muda é somente a outra pessoa.
Há tempos eu tenho no fundo da memória a música "Are You Still Mad" da Alanis. Duas frases me chamam atenção: "Are you still mad I had a an emotional affair?" e a outra é "Are you still mad that I gave up long before you did?". Ambas exemplificam perfeitamente o luquidificador de idéias em que se tornou a minha cabeça. A primeira porque ao contrário de muita gente que trai, eu não traio com o corpo - eu sou ainda mais baixo e entrego a minha alma também, só que por culpa eu volto pra casa arrependido e vivo a segunda sentença comigo mesmo, e eu sinto falta do que eu não tive...

Um dia desses a Rita Lee tuitou: "nostalgia é relembrar e sentir falta, saudade é querer de novo o que já se teve..."