16.5.10

Outra vez!?

Eu acho que eu vivo para expor a minha opinião. Quero, na verdade, que as pessoas concordem comigo. Não: não quero mudar o mundo, mas viver confortavemente como conseqüência dessa aceitação.

Eu não me importo com legado ou patrimônio. O que eu quero é simplesmente viver confortável. Viver, em si, não é atrativo: eu acordo todos os dias e vivo em piloto-automático – até as minhas decisões são pré-moldadas, e somente evito me doer fisicamente. E acima de tudo, não ser mais o dono de mim. Eu não acordaria, se dado a opção.

Adrenalina

Tem os momentos em minha vida em que eu me pergunto: o que eu estou fazendo aqui? É a mesma sensação de quando eu estou prestes a fazer algo em que aterroriza. Como, por exemplo, uma volta na montanha-russa. Aqueles momentos em que se sobem os primeiros trilhos e você se pergunta: o que eu estou fazendo aqui? O que eu vim fazer aqui? Por que eu estou aqui? De quem foi a idéa de vir aqui? O que eu vim fazer aqui? Será assim que se sente quando se esta prestes a ser feliz? Feleicidade é gozo? E depois do gozo você está cansado ou se arrepende? Ou simplesmente você se sente culpado porque não soube ser feliz por mais tempo? É difícl. Eu não sei o que eu quero dizer com isso... eu só sei que acabei de ver o novo filme do Freddy Krueger e eu me perguntava em cenas-chave: o que eu vim fazer aqui? Sabendo que eu adoro adrenalina, mesmo eu tenho medo da adrenalina...

Epifanias - N

O regogizo mata o escritor que luta dentro de mim...

Leis de Murphy

A partir do momento em que eu começar a viver a vida, no perfeito momento seguinte eu vou morrer, ou qualquer outro acidente suceder... Não, as Leis de Murphy não são acidente.... mas qualquer evento que vai me dar segundos pra finalmente entender o que eu não sei vai saltar diante de mim. Será que o meu instinto suicida é uma luta inconsciente pra me manter vivo?

Como vai você?

Eu entendo o porquê de o Luciando ter ficado com raiva: Na época eu tentava olhar nos olhos dele e fazer com que me prometesse que ia se cuidar. A nossa despedida não foi uma despedida clássica, mas foi memorável sim. Na verdade, flashes daquela viagem me perseguem hoje e me perseguirão pelo resto da minha vida – e talvez mais. Antes dele literalmente desaparecer, eu disse: “promete que vc vai se cuidar”. E ele rspondeu: “faz diferença?”. Talvez ele não fosse tão agil – talvez a resposta me machucou tanto que eu levei mais que o normal pra me recuperar, e quando levantei a cabeça pra lhe dizer qualquer outra coisa, ele havia desaparecido.

Mas que ele me disse, de verdade, foi: “você não vai fazer parte da minha vida e eu não quero te ver nunca mais, então que diferença faz o que eu faço da minaha vida?” Mas não era essa a minha pergunta. Eu não queria saber se ele ia ficar bem, eu simplesmente queria que ele concordasse comigo em alguma coisa, pelo menos uma vez – era tudo o que eu queria.... Ele não precisava cuidar dele, eu só queria que ele conversasse comigo ou que fingisse que estivesseos em sintonia. Foi como o Izaltino, pela Internet, perguntando como foi a minha operação – da extração do meu cisto, e eu não respondi nada. Eu penso que o Izlatino não queria exatamente saber como eu estava – ou queria saber sim, mas não ia fazer diferença se eu estivesse morto ou prestes a morrer. Na verdade não apenas ele, mas todos preferiam que eu sobrevivesse: era mais fácil e conveniente pra eles. O que ele queria era paz de espírito porque nos dois sabemos que nós não temos mais uma amizade, mas uma conexão residual. Nós dois nos machucamos. E isso me faz entender que não é fácil ser liberal... não eh todo mundo que dá conta de ser, vamos dizer – vai soar prepotente: não é todo mundo que sabe ser como eu era em Valadares, sempre disponível, sempre aberto, sempre farto, sempre dividindo. As duas vezes em que eu precisei de abrigo eu fui maltratado.... o que isso faz de mim? Significa que eles não me perdoam por não serem como que eu sou? Ou é o simples fato de que eles não gostavam de mim, mas da liberdade que eles tinham perto de mim? E o resto era apenas conveniência?

Poltergueist

Eu entro e saio do MSN, anunciando e denunciando a minha chegada, na esperança de que alguém do meu mundo - meu MSN, minha rede possa me ver. Não que eu queira que alguem me aborde e comece uma conversa. Longe disso: eu não tenho paciência pra conversas pelo MSN. Esse entrar e sair é apenas um exercício do poltergheist.

Sim, as pessoas se esquecem com o passar do tempo – mesmo dos mortos. Saudade é proporcional à falta que se faz, e com o tempo outras coisas substituem a falta e a saudade se esfarela. Ou, em outros termos: o tempo a tudo cura! E tem mais: no MSN ou outras redes sociais, a meméria seletiva tem o poder do delete!

O que me intriga, na verdade, é que eu não sei se eles apenas fazem parte do meu mundo. Eu não sei de que mundos eu faço (ou fazia) parte....

Enésima Retórica.

Aí eu comecei a pensar: mesmo eu desconhecendo a existencia de alguma coisa que me define, eu automaticamente sou aquilo ou eu tenho que aceitar primeiro?

último...

Coisa estranha...

Eu acabei de perceber que ontem eu fui pro trabalho e era o último dia em que a loja estaraia aberta antes da reforma: expectativas... quase que um aniversário às avessas! Eu fui porque era o último dia da loja e era também o último dia de trabalho de uma das senhoras do setor masculino. Ela tem 72 anos e estava se aposentando não porque estava cansada e derrotada, mas porque a loja não ia mais ser o que ela conhecia como a loja em que ela trabalhava. Talvez ela quisesse manter viva a imagem condizente com as lembranças dos tempos felizes e pessoas que por ela passaram e que não voltam mais... 72 anos é muito tempo e lembrar é sentir falta...

Aí de repente, no último dia me caiu a ficha de que talvez fosse aquele o último dia em que eu a via. Mas, por outro lado, seria – não hipoteticamente, mas sim, o último dia em que todos nos veríamos o nosso passado na loja. Eu não gosto das últimas vezes: elas me assustam. E a vida é uma constante de últimas vezes: nada se repete...

Qual é o meu problema com a infância e a figura materna?

Qual é o meu problema com a infância e a figura materna?

Eu chorei em “Inteligência Artifical” e “Em Busca de Neverland”. Mas eu lembro também que eu chorei em”Eduardo Mãos de Tesoura” e “Uma Equipe Muito Especial”. Salvo engano... não, em “Iris” eu não chorei não, mas me deixou profundamente triste... será que isso tudo são reflexos dos problemas mal resolvidos com minha mãe? Mas que tipo de coisa mal resolvida eu tenho com minha mãe? Qual é o problema que eu tenho com a minha infância? Ok... meu pai não foi uma imagem freqüente – ou constante, quando esteve. Minha mãe sempre foi absorta: ela fora criada assim, e do jeito dela, talvez pensasse que era assim que se criava os filhos. E será por isso que hoje eu fugi e não quero saber de ninguém perto de mim? Eu jamais vou confrontar esse problema...

L-Dolla

Eu estou brigando lutas imaginárias outra vez.
Lógico que eu não estou contente, mas pelo ou por que que eu estou lutando?
É a atencipacao do argumento, medo do confronto, evitando ridículo, ou eu sou simplesmente analítico com ênfase no normal?
Eu luto lutas imaginárias quando algo me incomoda.