31.7.06

Here I am just like I said I would be....

Cheguei menos de uma semana atrás e já passeei em Londra(*) com o William. Para os que acompanharam o processo de preparação da viagem, sabem que eu comprei um guia fantástico da Europa, e ele me foi extremamente útil já no primeiro dia: passei de ônibus [sim, no segundo andar].
Detalhe legal: Não é o único método, mas comprei, por £3,50 uma passagem de ônibus [o bilhete cor-de-rosa] que me dava direito a pegar quantos eu quisesse, de qualquer lugar para qualquer lugar da cidade, durante todo o dia! Amei!

Passagens

Só que para chegar até Londres, tive que pegar um trem [o bilhete laranja] que levaria cerca de 40 minutos para me deixar no ponto chamando Claphan Junction, onde o Will me encontraria. Nesses momentos tudo foi aventura já que o Izalty tinha que trabalhar, mas ajudando-me a comprar as passagens, me deixando dentro do trem - a partir daí era comigo para colocar em prática meu Inglês e um pouco do meu raciocínio.
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Dentro do trem eu me senti preocupado, no começo, mas depois que vi que era tudo muito simples e organizado, fiquei calmo e aproveitei a viagem observando a paisagem Britânica - lindíssima, por sinal. [Em Minas somos acostumados aos montes, motanhas e terrenos acidentados, mas nunca planos... aqui eu não vi até agora nenhuma montanha ou mesmo uma simples evevacão irregular de relevo. Tudo é novidade!]
Detalhe legal: Passamos por Richmond, a cidade onde viveu Virginia Woolf, a minha autora internacional favorita.
O primeiro grande ponto que visitei em Londres foi alcançado quando seguimos pela Millbank Street: o Parlamento Inglês.

Fiz um filminho do Parlamento também! [Para ver o clipe, clique na setinha e aguarde carregar.]


O Big Ben fica no Parlamento.

Subindo pela Whitehall Street cheguei ao Trafalgar Square.

Para quem não se lembra, a Cyndi Lauper gravou o clipe de Change Of Heart nessa mesma praça. [Para ver o clipe, clique na setinha e aguarde carregar.]

Mas não fomos só eu e ela que estivemos lá....

E a seqüência foi pela Charing Cross Road, com parada final no SoHo...
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(*) Um colega quis me corrigir dizendo que eu tinha digitado errado, mas não, LONDRA, é LONDRES, em Italiano. Yeah, yeah, cheers, thanx a lot!

30.7.06

Alta noite já se ia - ninguém na estrada andava...

Estou hospedado na casa do Izalty em Reading - uma cidade lindíssima, que tem o tradicional e o contemporâneo na distância de uma esquina para a outra! Valadares também tem disso, mas de um jeito bem peculiar:

Valadares é a única cidade que conheço onde as BMWs buzinam para as carroças saírem da frente.... mas tudo bem.


Well, é verão na Europa e contamos com o fuso horário também: estou cerca de cinco horas adiante do horário do Brasil. Vejam a simpática foto que, além de ter sido feita da janela do quarto do Izalty, foi feita - pasmem, às nove horas da noite- horário local, ou 4 da tarde, no Brasil.

Parte III – Quem tem medo da Imigração... Imigração... Imigração?

CONVERTENDO-ME NA MINHA PRÓPRIA FICÇÃO
Relatos dos dias 26 e 27 de julho de 2006.

Parte III – Quem tem medo da Imigração... Imigração... Imigração?


Completamente surdo, pergunto a um simpático senhor qual das filas seguir, que, depois de me perguntar a nacionalidade, indica a fila e ainda questiona se eu tinha preenchido o bendito formulário. Levei uns cinco minutos para preencher, mas fui para a fila.

Eram 12 guichês com um funcionário em cada um e um balcão elevado, cercado de vidros opacos com outros 4 ou cinco funcionários dentro.

Quase na minha vez constatei que faltaram dados no formulário, e permiti que um senhor passasse a minha frente, para que eu preenchesse o restante. Em seguida fui chamado por uma senhora de cabelos negros e longos ate o ombro, branca e muito bonita, aparentando ter seus quarenta e poucos anos. A primeira pergunta foi: o que voce pretende fazer aqui? Respondi que iria a um show da Madonna no dia quinze de agosto e mostrei-lhe a fatura do cartão de crédito junto dos respectivos e-mails onde me instruiam a coletar os ingressos no dia do show. A segunda pergunta foi: quanto tempo voce pretende ficar? Respondi que pretendia ficar até meados do dia vinte, porque em seguida iria para a Itália dar continuidade no meu processo de obtencão da cidadania italiana, mostrando os documentos que levava comigo. Em seguida ela pergunta aonde eu iria ficar, e mostrei a carta-convite assinada pelo William. Nesse momento ela pediu que emprestasse os documentos apresentados, dando-me um protocolozinho, e pediu que eu sentasse uns instantes, enquanto ela conferia alguns dados. Enquanto esperava pude observar a fila da esquerda, composta por pessoas da comunidade européia seguindo muito facilmente, e a da direita, de onde eu vim, cheia de pessoas paradas nos guiches, dando explicações.

Volta a funcionária da imigração fazendo mais perguntas, mas pude notar um papel semelhante a um fax, coma foto do William, parecendo uma espécie de relatório. Ela me disse que conversou com meu amigo e que as nossas situações eram bem parecidas, mas que ela ainda iria conversr com um colega que falava italiano, para checar o teor dos documentos, e pediu que eu esperasse mais uma vez, subindo para o balcão mais alto, conversando com uma das cinco pessoas que lá estavam. Algumas das pessoas que estavam dando informações para a imigração continuavam lá, de pé, diante dos guichês, enquanto voltava a simpática mulher que me atendia. Na volta ela diz que obviamente eu tinha meios de me sustentar, visto que eu usara o cartão internacional para comprar o ingresso e me pergunta se aqueles documentos seriam suficientes para adquirir a dupla nacionalidade Foi quando eu lhe contei a história do tio Geraldo, e tudo mais. Ela sobe de novo e conta a história para o seu colega e logo veio diretamente para o guichê, chamando-me e dando-me o meu material para que guardasse, dizendo:
“gostei de você. Você parece ser uma pessoa legal. Eu vou lhe dar o visto de entrada se me prometer que voltará para me mostrar o seu passaporte italiano”.
Preciso dizer o que respondi? Em seguida pedi desculpas por não ouvir muito bem e falei da turbulência. Como sempre ela se demonstrou simpática e até me contou sobre como ela enjoa em vôos, quando, me aproveitando o seu sorriso, perguntei sobre onde poderia pegar minha mala, ela pediu que a seguisse por alguns instantes e vendo um quadro com um lindo cheese-cake de amoras eu disse que adorava as sobremesas inglesas, e ela completou:
“quando você voltar e me mostrar o seu passaporte, eu lhe passo umas receitas”.
Fiquei bege... Léo trocando receitas coma funcionária da imigração! Quem diria.... [O que deve ter de Valadarense fazendo voodoo agora nem tá no mapa!] Mas ainda faltava pegar a mala antes de me encontrar com os amigos. Desci.

Pedi outras informacçõs e cheguei à esteira número quatro. Esperei, esperei, mas nada da minha mala! Pedi informações a um funcionário que estava na esteira e, depois de verificar, ele me disse que não tinha mais nada lá dentro. “Ai!” – pensei. Seguindo suas instruções voltei pro guichê onde pedi as primeiras informações sobre a bagagem e preenchi um boletim de ocorrência, dando o endereco e telefone do William para quando ela fosse encontrada! [Credo, minha mala sempre fica na metade do caminho! Que horror!] Reconheci um dos homens que também reclamava da perda da sua bagagem – era um dos que estavam se explicando lá em cima - parece que era o dia dos Brasileiros. Saímos juntos e quando literalmente vi a luz, estavam os três fofos sentados: o Izalty, o William e o Mark. Izalty trazia consigo uma folha de papel A4 com os dizeres:
“It’s me, dear!” - vide AbFab...
Abraçamo-nos, conversamos, contei tudo e fomos para a casa do Izalty em Reading – o William mora em Londres, o chique!

Mark [estouc ercado de fofos aqui!] é um amigo do Izalty [sem comentários sobre a fofura dele!] que veio com ele me buscar de carro. A impressão que se tem é que a distância entre Reading e o Aeroporto de Gatwick é a mesma distância entre Confins e Belo Horizonte, mas a tempestade que atrasou o pouso do avião da British lá no ar chegou comigo e então caiu um toró daqueles de fazer carros baterem, pistas inundarem, e o trânsito ficou em média 40km/h: eram as boas-vindas da rainha! Foi então que um trajeto de uma hora foi feito em quase quatro! Mas a viagem foi ótima e bem minha cara... e, enfim, fiquei feliz por não ter parado na África, né?
Depois conto como foi minha primeira viagem até Londra!

Parte II – Meio longe de casa....

CONVERTENDO-ME NA MINHA PRÓPRIA FICÇÃO
Relatos dos dias 26 e 27 de julho de 2006.

Parte II – Meio longe de casa....

Engraçado que na medida em que ia para mais distante, a temperatura do ar do lado de fora ia ficando cada vez maior... mas a chegada a Madri foi um absurdo! Eita lugar quente, meu Deus! [Gente, é verão, o que eu queria?] Mas o vôo IB6820 ainda tinha outras surpresas!
  1. A primeira delas uma aeromoça, aliás, uma aerosenhora [e dá-lhe neologismos!] com um corte de cabelo fantástico que eu tenho certeza de que minha mãe adoraria. Até então todos os vôos tinham um terminal de vídeo que monitorava a temperatura exterior, a altitude, e entre outras coisas, fazia uma simulção gráfica do local por onde se sobrevoava.
  2. Assim que deixamos o Brasil, passando pelo Rio Grande do Norte, de encontro com o Oceano Atlântico, passamos por uma turbulência muito grande. A mais intensa que eu ja presenciara, e parece que a maior e mais intensa que a maioria presenciara... as pessoas em fila para usar o banheiro [aconteceu logo após o jantar] cairam no chão, outras ainda ocnseguiram se segurar nas cadeiras vizinhas. A luz falhou, algumas pessoas chegaram a ensaiar um grito. Fiquei com medo sim, claro, mas nem tanto quanto uma senhora, em especial, perto de mim, que tremeu por muito tempo depois. Nao sei ao certo o porquê de acontecerem as turbulências, mas o fato de ter acontecido justo quando começou o sobrevôo do Atlântico deve ter algo a ver com choques de temperatura – isso deve ser melhor explicado por um meteorologista ou por um físico!


Mas, enfim, cheguei ao aeroporto de Madri! Lindo, lindo! Moderno, mas bem desorganizado! Levei bastante tempo pra localizar minha plataforma de embarque, pois, não estava sendo mostrada nos terminais, mas apenas anunciada pelo sistema de som – em Espanhol

e em Inglês. Lembrei da Dona Franchica [Ela foi para Tolousse] quando consegui compreender a mensagem e descobri o portao de embarque ate o voo da British Airlines 2465, que pra comecar, atrasou uma hora porque teve problemas na hora de fechar a porta, mas tudo bem.

Chegando ao Reino Unido acontecia uma tempestade que nos forcou a ficar outros cinqüenta e tantos minutos no ar, esperando-a dissipar. Chegando ao aeroporto de Gatwick, vi corvos na grama e pensei: "ai... ainda falta falar com a imigracao"! Mas ainda não tínhamos entrado no aeroporto... ficamos outros vinte minutos parados porque a plataforma de desembarque havia sido retirada devido a demora... dá para acreditar? Eu marcara com amigos a chegada para as duas e meia da tarde – aliás, não eu, mas a companhia aérea, que não desprezava nem um minuto, marcando horários tais como duas horas e trinta e três minutos ou meio-dia e vinte e nove minutos, mas já eram mais de três e meia da tarde! Meus ouvidos estavam estourando por causa da pressão acumulada durante tantas horas e eu não ouvia praticamente nada. Não ouvi nem quando as aeromoças distribuiram um formulário destinado aos não naturais da comunidade européia.

Mas enfim, saímos do avião, e depois de dezenas de curvas, chego a imigracão – um momento decisivo [eu cresci em Valadares, lembra,-se?], todos vão concordar.

...continua.

Parte I - No Brasil

CONVERTENDO-ME NA MINHA PRÓPRIA FICÇÃO
Relatos dos dias 26 e 27 de julho de 2006.
Parte I - No Brasil


Ontem eu cheguei à cidade de Reading, na Inglaterra. Mas para aqueles que me conhecem, sabem que nada é tão plano assim para mim. Tudo começa quanto minha família me deixa diante do portão de embarque do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, e embarco num vôo da TAM.

Dentro do avião eu lia uma biografia da Clarice que tinha uma cópia de uma carta endereçada a um amigo, que dizia assim:
“é esquisito escrever uma carta de tão longe, parece que se fica com a obrigacão de escrever coisas formidáveis. Por favor, nada é formidável, ou sei lá, talvez tudo seja”.
Quando li a frase eu me senti compreendido, e enquanto me convencia de que tudo era [sim] formidável, eu olhava pela janela para a topografia Mineira e observei, de relance, o monitor que informava o clima do lado de fora: -66°C. Isso mesmo: sessenta e seis graus negativos lá fora. Foi impossível não fazer uma comparação entre altitude e clima, que logo se converteu em uma metáfora entre posição social/profissional e a solidão: quanto mais alto, mais solitário e, por que não, frio?

Chegando à São Paulo, a TAM deveria ter nos transportado, de ônibus, de Congonhas para Guarulhos, mas acontece que o ônibus sai de uma em uma hora do terminal e tinha, logicamente, lotação específica. Resultado? Filas quilométricas porque a cada segundo (exagero?) chegava mais uma alma que tinha que ser transladada! Um deles saia exatamente quando eu chegava e aderi a uma fila de passageiros que embarcariam no próximo ônibus. Os taxistas nos cercavam como carcaras em busca de um umbigo desprotegido, e quando chega o ônibus seguinte, acreditem – pasmos como eu fiquei: ele lotou faltando uma – sim, uma pessoa para eu entrar! Fabiana, a garota na minha frente ficou indignada. Eu, por outro lado, ficaria tão ou talvez ate mais indignado que ela se estivesse no seu lugar, mas como para mim a indignacao foi menor porque eu me coloquei no lugar dela, apenas sugeri que dividíssemos um táxi. Alexandre, a pessoa atrás de mim concordou e fomos todos para Guarulhos a caminho do nosso check-in.

No caminho fizemos uma certa e fugaz amizade - daquelas na qual podemos ser qualquer coisa, visto que, afinal, ninguém vai poder te desmentir, mesmo porque você nunca mais verá aquelas pessoas de novo -, descobrindo que Fabiana ia para Itália também para reencontrar o namorado – fazia um ano que namoravam a distância, e o agora Dr. Alexrande – dentista em Portugal por 12 anos, ia para um congresso em Nova Iorque. Lá dentro do carro desenvolvemos uma simpática teoria sobre o povo brasileiro, juntando o fato de Fabiana não ter visto sequer uma única pessoa usando aparelho ortodôntico durante os sete meses que ficou na Itália, e o Dr. Alexandre dizer que as pessoas só iam ao seu consultório tratar os dentes da frente, porque quando o probela ultrapassava o pré-molar, era extração na certa!
Percebemos que a marca registrada do brasileiro é a simpatia, que evoca ao sorriso, e que, justamente para se mostrar simpático, o brasileiro cuida não dos dentes, mas do sorriso!
Fato este que torna ainda mais poético o cuidado que temos com nossos dentes. Ou não? Bem, certo foi que chegamos antes do ônibus que não nos coube, em Guarulhos – e antes, inclusive, do inicio do check-in! Despedi-me dos dois [novos] amigos que iam para vôos distintos em companhias diferentes. Afinal, eram histórias diferentes.
O check-in para o vôo da Ibéria – uma companhia Espanhola – comecaria às cinco da tarde, e ainda eram quatro de quarenta mais ou menos, e já havia umas vinte pessoas na fila. Quando chegou o ônibus, pessoas com quem eu conversara, ainda na fila, me perguntaram como chegara tão rápido. La pelas cinco e dez eu fui atendido e me despedi da minha mala, a qual eu deveria rever quando chegasse à Inglaterra, quase vinte horas depois. No salão de embarque fiz amizade com a Dona Franchica – uma senhora super viajada e simpática que iria para a França. Simpatia em pessoa, a Dona Franchica. Tomamos juntos um capuccino e nos despedimos depois que entramos no avião. [Adoro essas amizades fugazes! Amo mesmo!] De vez em quando tentávamos entender o que era dito no sistema de som, mas em vão – chegamos à conclusão de que não era pra se ouvir, por que que se fosse, era pra ser compreendido, não é verdade? Falamos, entre outras coisas, sobre “Alice no País das Maravilhas”, mas falamos tambem sobre o Mutley e sobre desenhos animados – estes sim feitos para crianças.
Notei que a nostalgia independe da idade, nem mesmo de experiência... aliás, a nostalgia é uma experiência individual e solitária.
...continua.

23.7.06

Money, tickets, passports!
Tô chegando, tiaaaaaaaaaaaaaaa!

A Quarta Dimensão!

O tempo, a quarta dimensão, a mais etérea delas todas, também caminha. E caminha rumo ao infinito, que por sorte, azar, ou sei lá o que nos inclui também. Sim, amigos, chegou a hora.

Hoje deixo Governador Valadares, minha casa por duas décadas inteiras de amores, rancores, desalentos, vitórias e principalmente, amizades. Amizades estas que me farão tanta falta, já que não estarei mais tão próximo dos corações siameses aos meus – apesar de que, como diria Vinícius, justamente por serem amigos, não são possessivos, e por isto, deixam caminhar, ir, viver, sonhar, voar, enfim. Está na hora de voar. Abro os braços, fecho os olhos e pulo diante do precipício, esperando que as minhas asas suportem o peso da liberdade. Fico, no entanto, triste por não ter podido me despedir propriamente de todos os meus poucos amigos, mas paradoxalmente, fico feliz por não ter feito com que estes mesmos amigos chorassem – talvez.

Vou de cabeça erguida porque acredito nos meus sonhos, amigos: sintam-se felizes por mim. Saio de cabeça erguida porque eu acredito nos meus sonhos, e por isto eles são tão vivos. Saio de cabeça erguida porque sei que ninguém pode ser escravo de sua identidade porque quando surge uma possibilidade de mudança é preciso mudar, mesmo que o conforto e o ego sejam muito difíceis de combater. Mas eu fui. E mais uma vez, parafraseando Vinícius, saio feliz não porque fiz amigos, mas porque os reconheci no meio da multidão, nomeio do rebanho, destacando-se. Fiquem com Deus – os que acreditam em Deus, que a paz esteja com vocês – para os que acreditam na paz e sejam felizes – para aqueles que acreditam em mim.

7.7.06

Quem somos: 1, 2, 3, 4, 5 (...) 111!


by the way, somos eu na(s) foto(s).

Eu nasci...

...parece que começou no dia 26 de fevereiro de 1979 às 3h40 da tarde. Mas pode ter começado nove meses antes, ou dois anos antes quando meus pais se conheceram, ou há 56 anos, quando meu pai nasceu... ou nove meses antes... Não sei quando nasci, mas sempre existi nesse espiral paralelo a ele mesmo, de acontecimentos - sou onipresente.

Meu blog, no entanto, nasce hoje - ao menos da forma com que ele se apresenta agora. Na verdade, sempre escrevi, e mesmo antes de escrever, já concatenava as idéias da forma como as organizo hoje... mas isso não tira o brilho do nascimento de um novo ser - sim, meu blog é um ser. Ele é! Ele sofreu prá nascer, como dói tudo o que nasce, e não serei alheio ao seu sofrimento, porque de que vale sofrer, se não há ninguém para se compadecer, por perto? Sou eterna pupa; Cupido sem Antero!

Eu sou um paradoxo vivo porque, só para exemplicar, gosto de sofrer. Sinto-me vivo quando sofro, e fico feliz por saber que vivo. No entanto, a fisiologia não é suficiente o tempo todo - tudo cansa, o tempo todo. A eternidade cansa, apesar de não existir nem presente, nem passado e nem futuro. O tempo é apenas a quarta dimensão! Nascimento, no entanto, é antagônico à morte. E assim como eu nunca nasci, será possível morrer?